Por que você não deve fazer empréstimos no banco

Endividamento no Brasil: Um Cenário Preocupante

De acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em abril de 2025 o percentual de famílias brasileiras com dívidas atingiu 78,8%.

Já o levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que mais de 70,29 milhões de adultos estavam com o nome negativado, representando 42,36% da população adulta.

Esses números ligam um alerta preocupante: grande parte da população está endividada, e isso afeta diretamente a qualidade de vida, até mesmo nas necessidades básicas. Um dos principais motivos do endividamento é a contratação de empréstimos bancários — e é por isso que entender os riscos é fundamental.

Por Que as Pessoas Fazem Empréstimos?

Embora cada situação seja única, os principais motivos para solicitar crédito incluem:

Cobrir despesas emergenciais

  • Problemas de saúde inesperados
  • Consertos urgentes em casa
  • Despesas legais ou familiares imprevistas

Comprar bens de maior valor

  • Financiamento imobiliário (compra de casa)
  • Financiamento automotivo (compra de carro)
  • Parcelamento de eletrodomésticos ou móveis

Investir em educação ou carreira

  • Faculdade, pós-graduação, cursos técnicos
  • Especializações ou abrir o próprio negócio

Consolidar dívidas

  • Fazer um novo empréstimo para quitar dívidas menores, buscando juros mais baixos

Manter o padrão de consumo

  • Quando a renda mensal não cobre os gastos, recorrer a crédito rotativo, cheque especial ou empréstimos pessoais

Investimentos ou oportunidades financeiras

  • Usar o dinheiro do empréstimo para investir ou aproveitar oportunidades, mesmo com riscos elevados

Porém, muitas pessoas não refletem sobre as consequências futuras. Um empréstimo pode virar uma bola de neve e criar ciclos de endividamento difíceis de quebrar.

6 Motivos Para Não Fazer Empréstimos no Banco

Aqui estão os principais motivos para evitar empréstimos bancários, especialmente se não forem realmente necessários:

Motivo 1: Juros Altíssimos

Os juros cobrados em crédito pessoal, cheque especial e cartão de crédito no Brasil estão entre os mais altos do mundo. Isso faz com que a dívida cresça rapidamente, muitas vezes dobrando ou triplicando em pouco tempo, tornando muito difícil quitar o valor total.

Motivo 2: Endividamento Fácil, Pagamento Difícil

Pegar dinheiro emprestado é simples, rápido e tentador. No entanto, pagar esse empréstimo significa comprometer parte da sua renda por muitos meses (ou até anos), reduzindo sua liberdade financeira e tornando difícil lidar com outras necessidades.

Motivo 3: Efeito Bola de Neve

Se você não consegue pagar o primeiro empréstimo, pode acabar pegando outro para cobrir o anterior, criando um ciclo vicioso. Essa bola de neve cresce a cada novo empréstimo e aumenta o risco de inadimplência e negativação do nome.

Motivo 4: Impacto no Orçamento Mensal

As parcelas fixas do empréstimo ocupam espaço no seu orçamento mensal, reduzindo a margem para lidar com imprevistos como problemas de saúde, manutenção da casa ou do carro, e despesas urgentes. Isso gera estresse e aumenta a vulnerabilidade financeira.

Motivo 5: Perda de Oportunidades Futuras

Com uma parte significativa da renda comprometida com dívidas, sobra pouco dinheiro para investir, poupar ou aproveitar oportunidades melhores no futuro, como abrir um negócio, fazer cursos de especialização ou investir em projetos que gerem retorno.

Motivo 6: Dependência Emocional do Crédito

A facilidade de conseguir crédito muitas vezes impede a pessoa de enfrentar os verdadeiros problemas financeiros, como falta de planejamento, consumismo ou ausência de reserva de emergência. Isso gera uma dependência emocional, tornando cada vez mais difícil sair do ciclo das dívidas.

Conclusão: Planejamento É a Melhor Solução

Antes de recorrer a um empréstimo, avalie bem se ele é realmente necessário. Busque outras alternativas, como:

  • Montar uma reserva de emergência
  • Reorganizar o orçamento familiar
  • Evitar gastos desnecessários
  • Buscar fontes extras de renda

Lembre-se: crédito fácil pode custar caro. Faça escolhas conscientes para construir uma vida financeira mais saudável e equilibrada.

Quer mais dicas sobre finanças pessoais?

Continue acompanhando nosso blog com conteúdos feitos para você sobre planejamento financeiro e investimentos.